Minha historia de vida
Sou a segunda filha
de uma família de cinco irmãs e um irmão, que sempre nos relacionamos muito
bem. Meu pai e minha mãe estudaram até a 4ª serie, e conosco seus filhos, eles
foram sempre muito motivadores da leitura em nossa casa e isso me incentivou a
ler a vida toda. Nasci no ano de 1977 na grande
cidade de São Paulo. Quando eu tinha cinco anos de idade lembro-me
perfeitamente, de um quadro negro que meu pai, ezimio artesão de herança
paterna, fez para minha irmã que já ia na 1ª série escrever, e eu muito curiosa
já me metia a arriscar na escrita de algumas letras, onde aprendi a ler muito
precocemente em relação as outras crianças da minha idade. Fiz o Ensino
Fundamental, em escolas municipais e estaduais. No Ensino Médio fiz teste
seletivo pra entrar no Magisterio e passei. Meu pai orgulhoso contava pra todo
mundo que ia ter duas filhas professoras. O Programa CEFAM foi desenvolvido em
uma escola estadual do município de São Paulo e recebia uma bolsa de ajuda de
custo para nos manter em periodo integral na escola. Sempre dizia que quando
crescer, seria uma professora, embora não soubesse dizer em que disciplina. Mas
cheguei lá. Foi uma fase muito cansativa, mas feliz. Minha vida estava seguindo
rumos inquietantes, formada professora e desempregada, aceitei um convite de
vir ao Mato Grosso conhecer uma nova realidade com a qual já vinha sonhando a
muito tempo.Um fato marcante na minha vida foi o inicio da construção de uma
família. Conheci meu esposo em outubro de 1997 e namoramos por 1 ano e 6 meses,
quando tinha acabado de passar no vestibular de Letras - UNEMET (PIQD), logo casamos em abril
de 1999, muito jovens. Depois do
casamento, continuei me dedicado aos estudos, me formei em 2003 e em 2005
comecei uma pós-graduação (ICE- Psicopedagogia e Ciências da Educação), e aí no meio veio o Yúri, nosso bebê de 2 meses e 4
quilos, um grande presente de Deus, que acolhemos com todo carinho como se fosse nosso de verdade. A
obrigação de ser mãe de família fez de mim uma mulher sempre preocupada com a
repercussão de meus atos. Hoje todas essas experiencias me dão suporte para encarar
as realidade com a mente reflexiva e dinamica sem dar margem a pensamentos
futeis que não contribui em nada para mim e aos outros.
O sentimento de
ser professor
Lecionar para
crianças e pré-adolescentes de escolas publicas é uma experiência extremamente
significativa. Ao conviver com pessoas, obtemos um aprendizado que não é
normalmente passado nos bancos das universidades. Por exemplo, não é ensinado
como devemos nos comportar nas situações em que a violência na comunidade onde
aluno vive influencia na sua aprendizagem, ou que atitudes devemos ter quando
um aluno vem para a escola completamente desorientado Exatamente por problemas
desse tipo recebemos atualização pedagogica constante em nosso trajeto
profissional.Os resultados são mais satisfatórios quando são conseguidos ao
desenvolvermos todo o conteúdo de uma forma tão significativa. A oportunidade
de trabalhar em sala de aula nos mostra que a experiência de lecionar ajuda-nos
a definir o que é ser professor: “Ser professor é fazer por merecer; façamos
sempre o bem para poder merecer sempre”.
Hoje pensando em
Educação do Campo, podemos contribuir não só no ensino aprendizagem como também
nas perspectivas sociais, ajudando a criar possibilidades reais de
solidariedade e de vida mais significativa no Campo.
Oi, Renata,
ResponderExcluirLinda sua vida!
Seja bem vinda à formação Trilhas Campesinas! É uma alegria contar com alguém que acredita em uma vida significativa no campo.
Um abraço.
Trilheira dessa jornada - Arlete